sexta-feira, 27 de julho de 2012

The Brandon Teena story

This is the documentary behind the movie Boys don't cry, which won Hilary Swank an Oscar and which is brilliant across the board. Check out the real people involved and you will understand just how insanely similar they are to the actors chosen for their parts. Just be warned that this is all incredibly sad.



And you can watch Boys don't cry here: http://www.1channel.ch/watch-3379-Boys-Dont-Cry

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Johnny Depp

Why is it that all of his movies are either Pirates of the Caribbean or a version of Scissorhands? Is there a demand for so many films with him in pale makeup? Who watches this stuff?

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Por que é que todos os filmes dele são Piratas do Caribe ou uma versão do Mãos de tesoura? Há demanda pra tantos filmes dele com maquiagem pálida? Quem vê essas coisas?

terça-feira, 24 de julho de 2012

Meu limite

Acho que é isso. Joguei 140 torneios de uma mesa nas últimas 16 horas. Isso depois de ter jogado 120 no dia anterior. Bom sinal, já que pretendo fazer algo como 2.400 em cada um dos próximos meses. Ufa, boa noite.

sábado, 21 de julho de 2012

Bóson

Eu não sei nada sobre o assunto, mas fiquei muito satisfeito com a descoberta da partícula que foi teorizada há décadas; a partícula que precisava existir para que as teorias sobre o funcionamento do universo estivessem certas; a partícula em torno da qual se construíram dois enormes aceleradores de partículas - um no EUA, que acabou fracassando e foi trocado pelo mais potente, na Suíça -; a partícula que foi mais um ridículo acidente na história do universo, outra coisa ridiculamente improvável, sem a qual nenhum de nós jamais teria existido (aliás isto já é uma visão patética - não só o homem não teria existido, mas nada nunca teria tido massa). Esta foi uma das maiores odisseias do engenho humano. O fato de que algo assim simplesmente tinha que existir, porque nós somos, sim, uma espécie fantástica e capaz, sim, de desvendar as engrenagens do universo - e adivinhe: tinha que existir, e existe! Pois nós somos bons mesmo.

Filosoficamente, essas coisas se podem ver de muitas formas. Lógico, são tudo acidentes e tudo que qualquer besta diga sobre a impossibilidade de explicar a complexidade do homem senão pela mão de Deus, é uma bosta. A religião é o culto da estupidez e a postura de, diante duma questão monumentalmente difícil, ir não atrás duma resposta que se possa provar, mas aceitar a preguiça confortável da ficção de que há um Deus que nos criou não das amebas, mas prontos do nada e destinados a censurar os outros e dar dinheiro para a construção de igrejas de ouro.

Mas uma coisa eu concedo aos religiosos - ou talvez nem isso, vamos ver como termina este parágrafo. Essa coisa é que a espécie humana é destinada a grandes coisas, coisas que, pela simples improbabilidade de nós termos surgido, é improvável que qualquer outra espécie em qualquer outro ponto ou momento do universo seja capaz de realizar. Há uma beleza poética incrível no absurdo de o universo ter gerado o acidente da massa, para gerar os acidentes dos planetas e estrelas, e um planeta estável a ponto de gerar a vida, para, finalmente, bilhões de anos depois, a espécie que é o auge da evolução da vida começar a entender o universo.

Claro, nada disso é um argumento a favor da inteligência divina. A nossa existência é incrivelmente improvável, mas isto não quer dizer nada. Digo, tudo que aconteceu em todos os pontos e momentos do universo foi incrivelmente improvável em relação a um bilhão de anos antes. E, não obstante, algo tinha que acontecer. Só parece algo realmente especial porque você enxerga do ponto de vista aterrador de que, por muito pouco você nunca existiu - e é difícil não ser afetado por esse sentimento. Mas a verdade é que, e daí se nós nunca tivéssemos existido? Não haveria humanos se importando e dizendo, "Uh, foi por pouco, quase existimos". Ninguém nunca teria se importado com nada, as supernovas não dariam a mínima, o universo teria se expandido e retraído sem espectadores, e só. Algo incrivelmente improvável aconteceu - existimos - e é desse ponto que partimos. Se você for pensar, do ponto de vista de um jogador que vença um torneio de pôquer de 100 mil pessoas, partindo do começo do torneio era monstruosamente improvável que ele vencesse. E, no entanto, de outro ponto de vista, era necessário que o torneio tivesse um vencedor - ou seja, algo monstruosamente improvável teria de acontecer necessariamente. E é isso. O acidente da existência humana, do ponto de vista de um observador no começo do universo, nada mais é do que um jogador num torneio de 10000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 quatrilhões de pessoas, elevado ao cubo deste mesmo número sucessivamente até acabar todo o papel do mundo, inclusive os versos. Mas, senão a nossa existência, alguma outra coisa colossalmente improvável teria de ter acontecido. Então ganhamos o torneio - aceita e para de encher o saco. Aconteceu, não porque Deus queria, só aconteceu e ninguém teria se importado se não tivesse acontecido, pois só nós, espécies da Terra, é que nos importamos com coisas. Estamos neste ponto e tentemos ser uma espécie digna de nota - mesmo que, ora, só o sejamos ao nosso ver, pois nada mais no universo toma nota de nada. Mas, nesse sentido, a descoberta da "partícula de Deus" - um nome que não devemos entender literalmente, mas, sim, como uma piscadela aos ignorantes que acreditam em fantasmas - é um triunfo do melhor tipo. Pois Deus foi isolado, estudado, encontrado, desvendado pelo homem, e Ele não é barbudo nem sábio - é só uma partícula estúpida e sem vontade, que se dobrou ao gênio humano.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A banana


Estranho ver a banana,

Em coisa de uma semana,

Ir de bela, forte, madura,

A preta, podre, imprestável,



E saber que a vida humana,

Com o amor, alegria e a grana,

Sofrimento, dor, amargura,

Tem o mesmo fim inevitável.



Por mais que você se arrume,

Saia, beba, e fume,

São o mesmo, banana e você.



Você tem mais tempo que ela

Pra enfeitar a vida de bela.

Mas, se é vivo, tem que morrer.





(2012)

Time travel


If it ever happens, we´d already know. 

Bigger, longer and uncut

This may be the most fun you can ever have watching a movie. No matter how bad South Park gets, it will never erase the brilliancy of Trey Parker in making these songs, basically designed to deliver as many curse words as possible with beautiful melodies and arrangements.




quinta-feira, 19 de julho de 2012

Nicolas Cage's agent


Also, these are all great:




Anderson Silva


Então, o Anderson Silva acaba de ganhar sua décima sexta luta seguida de vale-tudo. Uma sequência assim é, de qualquer ponto de vista possível, incrivelmente improvável, senão efetivamente impossível. O mais assustador é que, se o Anderson não estiver dando nenhum tipo de sorte – isto é, se ele estiver apenas tendo o desempenho esperado de acordo com a sua habilidade relativa à dos oponentes -, então a superioridade dele é algo simplesmente grotesco, realmente difícil de acreditar. É como se os seus confrontos fossem mais semelhantes ao de um homem normal contra uma menina de sete anos.

No pôquer, por exemplo, eu sou um jogador não completamente incompetente em heads-up (torneios mano a mano), e, pelo menos contra um nível baixo de oponentes, eu posso esperar ganhar, digamos, 55% destes confrontos (não existem empates). 0,55 x 0,55 me dá a probabilidade de ganhar dois jogos seguidos – ou seja, já não sou um favorito para que isto aconteça, com 30,25%. Para cada confronto consecutivo, basta elevar a potência de 0,55, de modo que podemos ver claramente que a minha chance de ganhar cinco seguidas já é de apenas 5%; para oito seguidas a probabilidade já cai para menos de 1%; e para 16 seguidas estaríamos falando de 0,007%, equivalente a dizer que eu vou ganhar uma sequência de 16 duelos apenas uma vez em 14.286 tentativas. Isto, no mundo real, é o mesmo que dizer que é impossível. Quer dizer, na verdade, se pusermos 65.536 jogadores de pôquer num torneio de mata-mata, alguém vai ganhar 16 partidas seguidas e virar campeão – então é necessariamente possível ganhar -, mas ninguém, nunca, em nenhuma hipótese, vai ganhar este tipo de torneio no pôquer sem ter muita sorte.

Mas aí está o problema. Nós acreditamos que o Anderson não é apenas aquele cara sortudo dentre os milhares, mas que ele está invicto há tanto tempo pela simples imposição da sua superioridade. Mas qual será o grau de superioridade necessário para que uma sequência assim se torne provável, ou mesmo verossímil? Nem vou me preocupar com os números para 60% ou 70%. Vamos pular logo para a grosseria. Se você acha que o Anderson é muito melhor do que a média dos desafiantes (e veja bem: não estamos falando da média dos lutadores da categoria dele, mas sim da média de habilidade dos desafiantes do título, lutadores que já se mostraram superiores a outros para ter a oportunidade de encarar o Anderson), vamos dizer que ele tem 80% de chance de ganhar a luta. Então olha que ridículo: você é um lutador profissional a sua vida toda. Dieta, exercício até cair, técnicas, você é faixa-preta de uma ou duas modalidades, campeão mundial disto ou daquilo, afiou o boxe com o Ali e o cacete. Você é favorito contra quase todos os outros praticantes de vale-tudo no mundo. Você entra no ringue contra outro homem e… tem uma chance em cinco de derrotá-lo. Isto, em si, já soa absurdo. Mas o pior é que nem essa disparidade bastaria pra explicar a sequência de vitórias. Com 80% de chance de ganhar cada luta contra adversários fortíssimos, o Anderson só ganharia 16 seguidas 2,8% das vezes – uma em 36 tentativas. Com 85%, a sequência ainda é muito improvável, com 7,4% de chance de ocorrer. É apenas na casa dos 90% que a sequência começa a fazer sentido, já com 18,53% de chance de ocorrer a sequência. Agora, se você quer a probabilidade de vitória por luta que faça do Anderson um favorito para conseguir a sequência, então você quer o número de 96%. Aí o Anderson tem 52% de chance de ganhar 16 seguidas.

Então o único jeito de ser provável uma sequência com esta é se o sujeito que pisa no octógono contra o Anderson depois de trabalhar a vida toda pra chegar ali, tiver não mais do que uma chance de 25 de sair vitorioso -aproximadamente a mesma chance da menina de 7 anos. Essa disparidade parece exagerada – afinal, não é necessário que o Anderson seja favorito para conseguir a sequência, mas apenas que suas chances sejam relevantes. Mas também é improvável que ele pise no octógono com menos de 85% de chance de ganhar, pois aí ele já precisaria de bastante sorte para chegar aonde chegou (uma chance em 13,51). E é quase impossível que ele tenha menos de 80%.

Então o Anderson Silva é entre 4 e 7 vezes melhor do que os seus últimos 16 oponentes.